Um projeto colaborativo que tive a oportunidade de participar. O trabalho foi organizado pela Fernanda Furuno e a Fernanda Koga da Dreamshaper.
Foi uma Websérie incrível com seis episódios que resultaram nesse livro, com dicas dos participantes e o link para assistir aos episódios gravados.
Participei do Episódio 4 sobre Como selecionar e aplicar metodologias ativas remotamente? O livro é repleto de conteúdos produzidos de professor para professor.
Participei do V Fórum Municipal de Educação de Manoel Viana. O evento teve como temática: “Construindo cenários inovadores: interligando educação e cuidado”.
Dia 16/06/2020 vou ter a oportunidade de participar da Web Series Educador 5.0, promovida pela DreamShaper sobre: Como selecionar e aplicar metodologias ativas remotamente?
Programação! 16/06, 15h às 16h30 Como selecionar e aplicar metodologias ativas remotamente?Apresentação: Felipe Rodrigues – Gerente de Operações na DreamShaper Especialista convidado: Gustavo Hoffmann– Diretor Grupo A Participantes confirmados: Paulo Emilio Vaz – Diretor de Educação – IETEC Vanessa dos Santos Nogueira – Coordenadora e Professora da Faculdade SOBRESP Ernandes Rodrigues – Diretor Acadêmico da Faculdade Católica Imaculada Conceição do Recife Cybelle Ribeiro de Moura – Coordenadora de Educação Internacional Filippi Ongarelli– Professor do Colégio Puríssimo Huemerson Maceti – Coordenador Pedagógico do Colégio Puríssimo e da FHO – Fundação Hermínio Ometto
Mapas Conceituais são recursos que oportunizam atividades baseadas em aprendizagem significativa. Ajudam a reorganizar o pensamento, estimulam a criatividade e mobilizam saberes de modos não lineares.
Vídeos
Uso de Mapas Conceituais como Ferramenta de Aprendizagem do curso de Especialização em Informática na Educação – CEAD/IFES.
Assista a aula de Psicologia da Aprendizagem – O que são mapas conceituais
Entenda as diferenças entre mapas mentais e mapas conceituais
Os Mapas Conceituais são representações gráficas que possibilitam a organização de conceitos com uma rede de proposições. Temos uma diversidade de Softwares e Sites que permitem a elaboração de Mapas Conceituais. Contudo, os Mapas Conceituais podem ser elaborados no papel, como no exemplo que segue. É importante você identificar qual modo você se identifica e produz melhor.
Mapa Conceitual feito em aula, pelos alunos do Programa Especial de Graduação para a Educação Profissional.
O CmapTools é um software que permite o mapeamento de conceitos, permitindo a elaboração de mapas conceituais. O software foi desenvolvido pelo Institute for Human Machine Cognition da University of West Florida, com a supervisão do Dr. Alberto J. Cañas (CABRAL, 2003). O CmapTools é uma entre muitas outras possibilidades de softwares para criação de mapas conceituais, tais como: Nestor, Mindmanager, Mindmeister, Mindomo, entre outros. Segundo Miranda e Morais (2003, p. 3102):
O CmapTools é uma ferramenta fácil de usar, com um simples clique obtém-se a representação de um conceito e com as operações de “arrastar e soltar” obtêm-se as ligações entre os conceitos. Ainda, com estas operações é possível fazer alterações, mudando o aspecto visual do mapa conceptual, alterando a estrutura, acrescentando ou eliminando relações ou criando ligações cruzadas.
O software é intuitivo e oferece recursos gráficos que facilitam a criação de mapas individuais e em grupo. O CmapTools, entre as suas funcionalidades: “[…] permite ao usuário fazer links com fontes (fotos, imagens, gráficos, vídeos, mapas, tabelas, textos, páginas de internet ou outros mapas conceituais) localizadas em qualquer parte da internet ou em arquivos pessoais a conceitos […] (NOVAK, CAÑAS, 2010, p. 17).
A seguir, pode-se visualizar, uma síntese dos fundamentos teóricos que orienta o uso de mapas conceituais buscando promover a aprendizagem significativa, a partir desconsiderando o pensamento de Ausubel e Novak.
Figura 1. Qual é o quadro teórico que orienta o uso de mapas conceituais para promover a aprendizagem significativa? Legenda: teoria de Ausubel (caixas brancas) e teoria de Novak (caixas brancas sombreadas). Fonte: Cicuto (2013).
O CmapTools permite um estudo que mobiliza os saberes dos estudantes e reorganiza os processos de leitura e estudo para a elaboração dos mapas conceituais. O programa apresenta uma interface amigável, de fácil navegação e compartilhamento das atividades realizadas.
Exemplo de uma atividade para aplicação do software:
Ao considerar que “a criação do método de elaboração de mapas conceituais para registrar a compreensão individual gera novas oportunidades para estudar o processo de aprendizado e criação de novos conhecimentos” (NOVAK, CAÑAS, 2010, p. 15).
A atividade proposta para elaboração da atividade foi desenvolvida na disciplina de Currículo: Teoria e História do Curso de Pedagogia a Distância da Universidade Federal de Santa Maria, especificamente na Unidade II, descrita a seguir:que pode ser visualizada a seguir:
Apresentação da atividade:
A atividade desta unidade consiste na elaboração de uma mapa conceitual acerca do texto: Currículo e Desenvolvimento Humano.
A atividade pode ser realizada em dupla ou individual.
Para realizar o mapa conceitual faça uso do material selecionado:
O mapa pode ser realizado utilizando um programa de computador como CmapTools ou outro de sua preferência.
A entrega da atividade vai ser no fórum, assim podemos compartilhar o trabalho com os colegas.
Exemplos das atividades realizadas:
Referências:
AUSUBEL, David P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Plátano, v. 1, 2003.
AUSUBEL, David P. A aprendizagem significativa. São Paulo: Moraes, 1982.
NOVAK, Joseph D.; CAÑAS, Alberto J. A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los e usá-los. Práxis Educativa, v. 5, n. 1, p. 9-29, 2010.
CABRAL, Anderson Ricardo Yanzer. Como criar mapas conceituais utilizando o CmapTools Versão 3. x. Guaíba (RS).: Universidade Luterana do Brasil, 2003.
DUTRA, Ítalo Modesto; FAGUNDES, Léa da Cruz; CAÑAS, Alberto J. Uma proposta de uso dos mapas conceituais para um paradigma construtivista da formação de professores a distância. Porto Alegre: UFRGS, 2004.
MIRANDA, Luísa; MORAIS, Carlos. Mapas conceptuais como estratégia de ensino e aprendizagem. In: Actas do X Congresso Galego-Português de Psicopedagogia. Universidade do Minho, 2009. p. 3101-3110.
CICUTO, Camila Aparecida Tolentino et al. Estruturas hierárquicas inapropriadas ou limitadas em mapas conceituais: um ponto de partida para promover a aprendizagem significativa. Aprendizagem Significativa em Revista, v. 3, n. 1, p. 1-11, 2013.
O Google Meet vai estar disponível até 30 de setembro sem limite na duração de chamadas e vai ser liberado aos poucos a partir de maio. Essa versão vai permitir até 100 participantes na reunião. Podemos acessar o Google Meet pelo navegador meet.google.com ou pelos aplicativos para Android e iOS.
Para ver todos os participantes na reunião do Google Meet é preciso instalar uma extensão no Google Chrome. Você pode instalar a extensão “Google Meet Grid View” na Chrome Web Store.
É possível ver todos os participantes, somente quem está com câmera ligada, incluir o seu vídeo na grade de visualização, como no exemplo abaixo.
O Google Meet recemente ganhou quatro recursos novos, segundo seu blog:
Layout lado a lado para chamadas maiores: o layout lado a lado expandido agora permite que os usuários da Web visualizem simultaneamente até 16 participantes de uma vez (anteriormente, os layouts lado a lado só permitiam ver quatro pessoas por vez). Mais atualizações estão chegando para reuniões maiores, melhores layouts de apresentação e suporte em mais dispositivos.
Apresentar conteúdo de vídeo de alta qualidade com áudio: agora os usuários têm a opção de apresentar uma guia do Chrome (em vez de apenas apresentar a janela ou a tela inteira). Se você precisar compartilhar vídeo de alta qualidade com conteúdo de áudio em reuniões, selecione esta opção para obter a melhor experiência para visualizadores remotos. O recurso “apresentar uma guia do Chrome” está sendo disponibilizado desde o dia 22/04.
Modo de pouca luz: o Meet agora pode usar a IA para ajustar automaticamente o seu vídeo para torná-lo mais visível para outros participantes em condições de iluminação abaixo do ideal. Atualmente, esse recurso está sendo implementado para usuários móveis e estará disponível para usuários da Web no futuro.
Cancelamento de ruído: para ajudar a limitar as interrupções na sua reunião, o Meet agora pode filtrar de maneira inteligente as distrações em segundo plano – como o seu cachorro latindo ou pressionando as teclas enquanto você faz anotações da reunião. O cancelamento de ruído começará a ser implementado nas próximas semanas para clientes do G Suite Enterprise e G Suite Enterprise for Education, começando com usuários da Web e posteriormente para usuários móveis.
Buscar um recurso para realizar uma atividade é um desafio, além dos saberes do currículo que precisam ser trabalhados, das habilidades e competências que vão ser desenvolvidas, só conseguimos escolher o que já conhecemos.
Veja um exemplo de um Mural colaborativo:
Entre slides, blogs e mapas conceituais um mural interativo pode ser uma boa opção!
O Padlet é uma dessas opções, ele tem uma versão online e um aplicativo que pode ser instalado no celular.
A versão gratuita permite criar alguns murais, convidar colaboradores e compartilhar a sua criação. De um modo muito intuitivo o recurso permite inserir imagens, textos, links e vídeos de modo muito simples e rápido. A organização dos materiais também é muito boa.
Os murais são personalizáveis, desde fundo, ícone, modo de interação nas publicações, permissão para comentários e privacidade do mural. Depois de criado ainda é possível incorporar o recurso em blogs, ambientes virtuais como o Moodle e redes sociais.
Com esse recurso é possível criar murais interativos, quadro de avisos, blogs e portfólios.
Aprenda a usar o Padlet no vídeo a seguir…
Tutorial Padlet: Criando Murais da Inovaeh para Aqui!
MARIN, Maria José Sanches et al. Aspectos das fortalezas e fragilidades no uso das metodologias ativas de aprendizagem. Rev bras educ méd, v. 34, n. 1, p. 13-20, 2010. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rbem/v34n1/a03v34n1
BARBOSA, Eduardo Fernandes; DE MOURA, Dácio Guimarães. Metodologias ativas de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. Boletim Técnico do Senac, v. 39, n. 2, p. 48-67, 2013. Disponível em: http://www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/349
GOMES, Maria Paula Cerqueira et al. O uso de metodologias ativas no ensino de graduação nas ciências sociais e da saúde: avaliação dos estudantes. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 181-198, 2010. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ciedu/v16n1/v16n1a11
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. Disponível em: http://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/404
ROCHA, Henrique Martins; LEMOS, Washington de Macedo. Metodologias ativas: do que estamos falando? Base conceitual e relato de pesquisa em andamento. IX Simpósio Pedagógico e Pesquisas em Comunicação. Resende, Brazil: Associação Educacional Dom Boston, p. 12, 2014. Disponível em: www.aedb.br/wp-content/uploads/2015/05/41321569.pdf
MATTAR, João. Metodologias ativas. Entrevista em vídeo com o professor José Manuel Moran. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=9m-wf2qHSOo .
SOUSA, Sidinei de Oliveira. Blended Online POPBL: uma abordagem Blended Learning para uma Aprendizagem Baseada em Problemas e Organizada em Projetos. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/136089.
OLIVEIRA, Carla Maria S. Aprendizagem em ambientes de Blended Learning: uma abordagem na formação contínua de professores. Dissertação (Mestrado em Tecnologias e Metodologias em E-Learning) Universidade de Lisboa, 2013. [Orientada por: Neuza Pedro]. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/10317/1/ulfpie046281_tm.pdf
DA ROCHA, Adriana M.; BOLZAN, Doris P. V. La cultura de convergencia digital y la inclusión sociocultural: Interconectando formación y práctica docente. Educatio Siglo XXI, v. 33, n. 3, p. 123-146, 2015. Disponível em: http://revistas.um.es/educatio/article/view/240901.
VALENTE, J. A. et al. Metodologias ativas: das concepções às práticas em distintos níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional. PUCPR, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=189154955008 .
Nos dias 13 e 14 setembro trabalhamos com Inovação, tecnologias e alterações no espaço e tempo de ensinar e aprender. Disciplina: Ensino, aprendizagem e inovação da Especialização em Inovação na Educação da UNOESC.
Um registro das primeiras aulas da Disciplina: Aprendizagem da disciplina de Ensino, Aprendizagem e Inovação da Especialização em Inovação na Educação da Unoesc.
Nos dias 23 e 24 agosto trabalhamos com: – Concepções de ensino e de aprendizagem. – O papel do professor e do aluno nos processos de ensino-aprendizagem.
👩🏫Trabalhar com Design Thinking é um aprendizado constante!
Sexta-feira tive a oportunidade de facilitar um processo #DesignThinking com muita inovação e engajamento das turmas🔝 de Marketing e Gestão de Pessoas do Curso de Administração da SOBRESP – Faculdade de Ciências da Saúde. 🎬Fica o registro de uma equipe de futuros administradores empenhados em gerenciar equipes com qualidade de vida no trabalho. 💛Gratidão ao Thiago Kader e a Dimy Almeida pela acolhida e pela oportunidade!
Depois de um longo período planejando e organizando o Curso de Metodologias Ativas de Aprendizagem… Ele saiu do forno!
Foram muitos dias de estudos, organização do material, gravação de vídeos e conversas com amig@s muito querid@s e qualificad@s para pensar cada etapa.
O curso foi organizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem Aula, que é uma plataforma autoral da Ulbra, com recursos integrados ao Google. O material didático do curso é interativo e foi criado com novo Google Sites. É uma vivência de 30 dias para descobrir as possibilidades das Metodologias Ativas a partir da sua realidade!
Apresentação O curso Metodologias Ativas de Aprendizagem é voltado para professores que buscam o aperfeiçoamento das suas práticas pedagógicas. O avanço tecnológico e as mudanças culturais nos desafiam a pensar outros modos de qualificar a sala de aula, seja ela presencial ou a distância. Considerando esse novo cenário, que está em constante mudança, vamos aprender a reorganizar nossas práticas pedagógicas, desenhar novas coreografias didáticas e outras estratégias de aprendizagem com Metodologias Ativas.
Trilha de Aprendizagem
UNIDADE I Cultura Digital e Educação
Saberes da Docência e Docência Virtual Compartilhada
Coreografias Didáticas e Estratégias de Ensinagem
UNIDADE II Aprendizagem Híbrida
Metodologias Ativas de Aprendizagem
UNIDADE III Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom)
Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem Based Learning)
Instrução em Pares (Peer Instruction) e Aprendizagem por Times (Team-Based Learning)
Gamificação na Educação
UNIDADE IV Experiências inovadoras de aprendizagem
O Desing Thinking vem ganhando cada vez mais espaço na área educacional. Considerado uma metodologia ativa ou sendo utilizado como parte de uma estratégia de ensinagem, o Design Thinking proporciona uma leitura da realidade voltada para as necessidades do ser humano, o desenvolvimento de empatia, do trabalho em equipe, da criatividade e da resolução de problemas no dia-a-dia.
Ao mesmo tempo em que nossa sociedade muda cada vez mais rápido com o avanço tecnológico, esses novos arranjos sociais convivem com modos de vida antigos. Essa cultura da convergência nos leva a buscar metodologias para resoluções de problemas que consigam trabalhar com a diversidade e complexidade das relações sociais.
Neste cenário, o Design Thinking apresenta-se como uma oportunidade de desenvolver o trabalho colaborativo, partindo da realidade dos estudantes, trabalhando na resolução de problemas com a mão na massa.
Durante os meses de abril e maio realizei três oficinas com o objetivo de Conhecer o Design Thinking e suas possibilidades para a educação e na criação projetos em sala de aula.
Durante essas vivências buscou-se apresentar os principais conceitos do Design Thinking, desenvolver habilidades de empatia, colaboração e experimentação, conhecer ferramentas do Design Thinking e vivenciar uma aplicação de Design Thinking.
A primeira oficina foi realizada no Campus de Palmeira das Missões da UFSM e contou com a participação de acadêmicos e docentes de diferentes cursos da instituição. A problemática trabalhada foi gerada a partir dos desafios de estudar a distância. Foram consideradas as quatro esferas do Sistema de Recomendação Pedagógica em Educação a Distância (BEHAR, 2019).
A segunda oficina aconteceu no Polo da UAB na cidade de Encantado/RS. A problemática trabalhada na oficina partiu dos desafios e possibilidades do mercado de trabalho para o Pedagogo.
A terceira oficina foi realizada no Polo da UAB da cidade de Jacuizinho. Participaram da oficina acadêmicos do curso de Pedagogia, professores da rede municipal e estadual e o secretário de educação do município. O trabalho desenvolvido serviu de preparação para o Dia D, que trabalha com questões da BNCC. A problemática girou em torno da aprendizagem dos estudantes do município. O grupo trabalhou de modo colaborativo para conhecer as demandas dos professores, suas angustias e preocupações e em como solucionar essas questões.
Livro: CAVALCANTI, Carolina Costa; FILATRO, Andrea. Design thinking na educação presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Somos educação e Saraiva, 2017. 253p. Alunos da UFSM tem acesso ao livro no site da Minha Biblioteca: https://portal.ufsm.br/biblioteca/leitor/minhaBiblioteca.html
Referências:
BEHAR, P. A. (Org.). Recomendação pedagógica em educação a distância. Porto Alegre: Penso, 2019. 194 p.
De acordo com Cromberg (2008), na década de 20, a psicanalista russa Sabina Spielrein foi uma das primeiras psicanalistas da história, a primeira ser tratada por Jung sem a supervisão de Freud. Sabina atendeu Jean Piaget por seis meses, seis dias por semana, durante as sessões dedicavam o tempo estudando as origens do pensamento e da linguagem no Instituto de Psicologia Experimental e de Investigação do Desenvolvimento Infantil Jean Jacques Rousseau. Ao retornar para Rússia em 1923, com o incentivo do governo soviético, Spielrein, criou o jardim da infância psicanalítico, conhecido como Casa Branca. Em 1936, a psicanálise foi proibida pelo estalinismo e em 1942, Sabina foi assassinada com suas duas filhas durante uma ocupação nazista. Cabe considerar que o pensamento de Sabina influenciou pensadores como Vygotsky, Leontiev e Lúria.
Tese: O amor que ousa dizer seu nome: Sabina Spielrein – pioneira da psicanálise
Leia aqui!
O cenário da educação foi transformado com a globalização e posterior acesso às tecnologias da informação e comunicação (TIC). Para muitos educadores, a aproximação com as TIC ocorreu durante o ensino superior ou com os incentivos governamentais. No entanto, para os educandos do século XXI, chamados de geração Z, o processo ocorreu de forma singular, já que esses foram os primeiros a nascer na chamada Era Digital. Tais modificações impactam diretamente na postura adotada em sala de aula.
Para compreender melhor as mudanças ocorridas no ambiente de sala de aula e propor novas formas de trabalhar as dinâmicas educacionais, ocorreu na segunda-feira (05), a primeira formação pedagógica dos docentes do CESURG Sarandi em 2018. A atividade foi ministrada pela professora doutora Vanessa dos Santos Nogueira e abordou a importância das metodologias ativas no contexto da Educação Superior.
Na ocasião, o diretor-presidente do CESURG, Rafael Rossetto, reafirmou o comprometimento da instituição com pautas do desenvolvimento socioeconômico e cultural sustentável. “Estamos caminhando rumo a um objetivo que é muito importante para nós, a equidade de gênero no corpo docente. Aqui no CESURG, Equidade é um valor fundamental para nós e buscamos essa equidade de gênero também entre educadores e educadoras”, declara o professor Rafael Rossetto.
Dando continuidade às atividades da noite, o diretor-presidente refere-se ao ano de 2018 como um divisor de águas na história da instituição. “Este ano será ainda mais desafiador que os anteriores na história do CESURG e isso nos motiva muito. A atividade de hoje, sobre metodologias ativas, assinala a importância de seguirmos em constante atualização enquanto docentes e pesquisadores para oportunizarmos aos estudantes da faculdade um conhecimento atualizado, aliando teoria e prática, propondo soluções aos problemas apresentados pela sociedade. Um conhecimento que destaque no mercado de trabalho o profissional formado no CESURG”.
As metodologias ativas
Neste tipo de construção, o aprendizado pode ser dinâmico e as aulas passam a ser mais interessantes para os alunos. Segundo Vanessa, as aulas devem ser planejadas com antecedência e envolvem uma série de recursos distintos e que colaboram com o ensino aprendizado do educando contemporâneo, especialmente a utilização das tecnologias digitais. Neste quesito, o educador deve refletir sobre todos os processos que irão culminar no aprendizado dos seus educandos. “O inicio do trabalho com metodologias ativas requer que os professores reorganizem seu planejamento, utilizando o espaço da sala de aula como um espaço de problematização e práticas que movimentem os saberes do currículo, deixando de lado o currículo desfragmentado e desconectado da realidade. Além disso, é importante olhar para a comunidade e perceber quais as ações que podem ser desenvolvidas fora do espaço da universidade. Os estudantes são profissionais em formação que em breve vão estar no mercado de trabalho, essa percepção permite que pensar as metodologias ativas no sentido de preparar esse profissional, priorizando a relação teoria e prática desde o início do curso”, complementa a educadora.
A pesquisadora em Educação salienta a importância das metodologias ativas em um contexto atual do ensino aprendizagem. “As metodologias ativas renovam os espaços da universidade e as relações entre ensino, pesquisa e extensão. Nesse cenário, o estudante tem participação ativa na sua aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades. As metodologias ativas oportunizam aos estudantes uma aprendizagem baseada em projetos e problemas, desenvolvem a criatividade e autonomia por meio de atividades que mobilizam teoria e prática voltadas para a sociedade”, explica a Vanessa.
No processo de utilização das metodologias ativas, o professor ocupa um lugar importante dado o conhecimento acumulativo no exercício da docência. “Os professores desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das metodologias ativas, para desenvolver essas atividades os docentes são responsáveis pela gestão do conhecimento e pelas escolhas das estratégias de ensinagem baseadas no entrelaçamento dos saberes do currículo com a realidade social”, afirma a palestrante.
A transposição didática e importância do saber local
Um dos fatores importantes para o processo de ensino-aprendizagem é conhecer as experiências cotidianas dos educandos. Cada sujeito possui uma construção sociocultural da qual emerge um saber local. Segundo o diretor de ensino do CESURG, Eduardo Toledo Martins, os educadores do CESURG conhecem o contexto local e origem dos seus educandos, o que facilita na elaboração e construção de um ambiente de ensino-aprendizado voltado as práticas teóricas e práticas do ensino superior. “As atividades desenvolvidas no CESURG levam em consideração os conhecimentos oriundos das vivências dos nossos educandos. Sendo que muitos deles já se encontram atuando no mercado de trabalho e encontram no CESURG uma forma de atrelar a teoria e prática direcionada aos conhecimentos que”, afirma Martins.
Neste contexto, o educador deve perceber que o conhecimento científico adquirido ao longo da sua formação acadêmica deve ser transferido conforme o ambiente no qual as dinâmicas sociais ocorrem. De acordo com Vanessa, emerge neste cenário a transposição didática, instrumento pelo qual o educador transforma o conhecimento científico em conhecimento escolar.
A escolha profissional e as experiências na infância e juventude
Pesquisas recentes afirmam que as escolhas profissionais dos estudantes são fruto da aproximação das crianças e dos jovens das profissões já existentes. Muitas dessas crianças e jovens espelham-se nas profissões de familiares, de pessoas próximas e até mesmo de informações que possuem na grande mídia.
Para Vanessa, as escolhas das profissões são reflexos das experiências dos educandos na educação primária e secundária. “Quando ingressamos no ensino superior, buscamos referências nos profissionais que passaram pela nossa vivência enquanto estudantes”, salienta a doutora em Educação.
Sobre a palestrante:
Vanessa dos Santos Nogueira possui formação em Pedagogia e doutorado em Educação. É professora pesquisadora e vice-líder do Grupo de Estudos em Educação, Tecnologias e Sociedade – Interface – UFSM/CNPq.